Programas Skype e Pretty May(Sônia Rinaldi)
A Técnica:
Faz um tempo que fomos orientados, através de mensagens de áudios, para gravarmos utilizando o Skype. Isso ocorreu num momento em que nem o termo nos era familiar, muito menos do que se tratava. Como sempre, fomos atrás, descobrimos que se tratava de um programa que possibilita conversar com qualquer local, no Brasil ou no exterior, a um custo baixíssimo. Instalamos o programa Skype, mais outro compatível especial para gravar as conversas (Pretty May) e fizemos alguns testes.
Perfeito. Com esses programas vimos ser possível montar uma triangulação, unindo alguém que perdeu um ser querido, mais esse referido falecido e nós. Com essa versão ficava substituído o processo anterior quando usávamos o telefone para falar e gravar com o Outro Lado. O processo de gravação é similar ao que ensinamos no livro “Gravando Vozes” (esgotado), e o mesmo que ensinamos nos workshops. Usa-se um ruído de fundo “desmontando” (sem qualquer conteúdo compreensível – como uma seqüência de fonemas soltos) e disponibilizamos isso para os amigos Comunicantes reorganizarem em suas respostas.
E foi assim que gravamos com a Cristina Ferrara, residente nos EUA, seu filho falecido Stefano e nós aqui no Brasil gravando. Eis como tudo sucedeu.
Cris e o filho Stefano, falecido.
Acreditar que a vida continua após a morte física é uma esperança de continuidade e reencontro. Porém, há quem necessite mais do que esta fé, quer informações e confirmações que acalmem as batidas angustiadas do coração.
Muitas pessoas nos pedem auxílio para falar com um falecido. Mas, ocorreu que a nossa colaboradora (tradutora) Cristina, brasileira radicada nos EUA, atravessava uma fase difícil. Ela ansiava em saber se seu filho Stefano estava bem em sua nova vida, o que lhe aliviaria o coração. Eram vários os motivos de sua angústia, sendo o sentimento da perda, o pior deles.
Breve Histórico:
Seu filho Stefano partiu aos 26 anos, na madrugada de 23 de dezembro de 2007, num acidente de moto. Uma partida brusca não é fácil de superar, e por mais que Cristina tivesse conhecimento da Doutrina Espírita as energias já lhe começavam a faltar. Tendo pedido ajuda à Sonia Rinaldi, ambas combinaram tentar uma gravação via Skype, devido à Cris residir nos EUA.
A primeira gravação ocorreu numa sexta-feira à tarde, 21 de novembro de 2008. A Cris chamando lá dos EUA e a Sonia registrando aqui do Brasil, procurando fazer a triangulação com o jovem falecido. Finda a gravação, Sonia enviou todos os áudios para a mãe ansiosa, mas com certo desapontamento, pois como a Cris lhe havia informado que o Stefano era brasileiro – nascido no Rio de Janeiro, Sonia esperava contatos em bom português.
Mas não foi o que ocorreu. A voz do jovem fazia uma mescla de português e inglês, o que levou Sonia a achar que tudo tinha saído errado e que o experimento não havia funcionado. Que havia ocorrido alguma interferência de espíritos “gringos”, no mínimo.
Eis o que aconteceu em algumas das gravações, já que totalizaram mais de 60, e seria impossível reproduzir todas aqui:
Sonia: -“Stefano, você esta me ouvindo?”
Resposta: -“YES, YES! I'M CLOSE!”(tradução: “Sim! Sim! Estou juntinho!”)
Comentário da mãe: a voz desse áudio é exatamente a dele.
Estava presente nesse dia, no laboratório da Sonia, nosso amigo Marcos, graduado em Ciências da Computação e muito interessado na investigação do fenômeno. Nesse momento a Sonia sugeriu que ele dissesse algumas palavras ao Stefano, e ele diz:
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1. Marcos: -“Não nos conhecemos pessoalmente, mas será um prazer entrar em contato como você”.
Resposta: -“YOU LIKE US...!”(tradução: -“Você gosta da gente!”)
Sonia brinca com o Stefano e acrescenta ao comentário do Marcos:
VOZ: -“Não pessoalmente, viu?”
Resposta de Stefano: -"Eu sei, eu entende".
Comentário da mãe: meu filho falhava nas conjugações verbais do português, e SIM, costumava dizer eu entende ao invés de eu entendo.
Stefano nasceu no Brasil mas cresceu nos EUA.
Sonia: -“Pode falar mais alto?”
Stefano responde, misturando italiano e português: -“c'e o pai!”(tradução: fo italiano “O pai está aqui!” – referia-se a que o pai dele, falecido, estava ao lado dele).
E Stefano continua a falar da mesma forma que a família fazia em casa, misturando português, inglês e italiano:
2. Sonia: -“Fala um pouquinho mais alto, tá?”
-“I wanna show... rispeito da mãe!” (Tradução: -“Quero mostrar...respeito pela (minha) mãe!”). Notar a pronúnica de “rispeito” ao invés de “respeito”).
Comentário: Stefano sempre usava a palavra “rispeito” (sotaque no “ri” em vez de “re” – e com o significado americano de carinho/ devoção).
3. Sonia: -“Vamos ver se ele fala português?”
Stefano responde: -“REPITO!!!”(notar sotaque americano no português).
4. Cris: “Diga o que quiser, meu amor!”
Resposta: -“Mind for ‘oi’!”(Tradução: “Liga por um oi”).
Cris ficou muito emocionada, porque era exato a voz do Stefano. A pronúncia era exatamente a dele, os erros de conjugação do verbo em português e a pronúncia característica.
A intimidade que só a própria família conhece:
Para nossa surpresa, só então Cristina revelou algumas peculiaridades de seu filho Stefano. Ele viveu aqui no Brasil só até os três anos de idade, e seu português (a língua menos usada em casa) tinha sotaque americano e misturado com algumas palavras em italiano, que era o idioma que a família falava normalmente, já que o pai era italiano. A Cris ficou estupefata quando ouviu as vozes gravadas pela Sonia no Brasil, pois interpretou que o fato das respostas virem assim misturadas era justamente o mais forte indicativo de autenticidade. Sonia explica um pouco do drama vivido pela Cris, quando da morte de Stefano:
O filho da Cris nasceu no Brasil e saiu do país muito novinho. Só que ela não me contou sobre isso e eu pensava que ele sendo brasileiro, responderia tudo em português durante as gravações. Ele veio a falecer num acidente de moto, aos 26 anos, quando ele vinha por uma avenida de madrugada e um rapaz (a pé) atravessou na frente dele. Morreram os dois.
Na verdade a Cris acha que não foi "descuido" do transeunte, mas sim, que ele e amigos estavam fazendo uma brincadeira que lá nos EUA chamam "chicken" (= frango) quando um doido se põe a correr na FRENTE de um carro - cambaleando como se fosse um frango sendo capturado. É uma brincadeira de alto risco, como os “rachas” que ocorrem no Brasil.
É claro que isso deixa o motorista aparvalhado. Enfim, morreram os dois. Só que isso nunca foi confirmado (claro!), pelos amigos da outra vítima que morreu junto. Pior: a família do "outro" exigiu na justiça indenização pelo "suposto atropelamento".
Pobre da Cris, não bastava ter perdido o filho, ainda por cima teria que enfrentar um débito descomunal – onde a extorquiam com cerca de 120.000 dólares. E foi exatamente nesse ponto emocional que ela me pediu ajuda, e afinal, gravamos.
Como os filhos da Cristina, Roberto e Stefano, saíram do Brasil pequenos e foram criados entre a Itália e os Estados Unidos, não seria possível imitar o modo de falar desta família dentro de casa, pois era normal e corriqueiro entre eles, começar uma conversação em uma língua e terminar numa terceira língua.
Isso porque ela sempre pedia aos filhos que falassem português com a mãe e italiano com o pai, já que o inglês todos da família dominavam perfeitamente e, desta forma, os filhos exercitariam outros idiomas. Porém, isso gerava uma salada lingüística. Coisa normal na família Ferrara.
Outros membros da também se comunicam: Pai da Cris, falecido.
Ainda no dia 21 de novembro de 2008 foram realizadas gravações com o pai da Cris, que era brasileiro. Neste dia apareceu um novo nome nesta estória e Sonia escreveu para a Cris perguntando se ela conhecia algum Sergio. Assim foi o áudio gravado:
VOZ: -“Volto por Sergio!”
A Cris explicou:
Com esse áudio, tive uma constatação inequívoca de que foi o meu pai mesmo que estava ali falando, pois Sergio é meu irmão falecido (de câncer em 1998). E meu pai dizer que volta em nome do filho, significa que ambos estão em contato – o que me deixa feliz, pois meu mano faleceu pensando não ter sido o filho que deveria ter sido”. A Cris perguntou ao pai se ele tinha visto outros familiares e ele respondeu:
VOZ: –“Você devia dizer ... tio!”
E a Cris explica:
Imagino que ele se referisse ao tio Alexandre (que era irmão do meu pai) falecido quatro anos antes dele.
Cris Vem Ao Brasil:
Cristina, no laboratório de Sonia, em S.Paulo, para aprender a gravar.
Fascinada com os resultados até então obtidos, a Cris queria ela mesma gravar. Decidiu vir ao Brasil para aprender, o que ocorreu em 15 de maio de 2009. E aí novamente vieram seu filho Stefano, o marido Roberto e o irmão Sergio. Registramos os comentários dela, identificando peculiaridades da família que em sua intimidade falavam a mistura de 3 idiomas:
5. Sonia pergunta: -“Oi Stefano, tudo bem?”
Resposta na voz do Stefano: - “Amor, um bacci!!!”(notar sotaque americano no português).
Comentário: de novo misturou “amor” (português) com “bacci” (beijo, em italiano).
6. Voz: -"(Cose) eri para mi”
Cris comenta: é a voz de meu marido Roberto e tipicamente misturando italiano e português. E mais: termina como sempre fazia com a palavra "mim", que ele pronunciava "mi" (de italiano).
Voz: -"Pray for you".
Cris comenta: meu filho fala em inglês que “reza por mim”. Por certo devido à situação complicada que eu estava passando por causa do acidente no qual desencarnou, já que eu era a fiadora da sua moto.
7. Voz: -“Corri para voltar"
Sonia: -“Um abraço pra você, viu?”
Comentário: inequivocamente esse áudio tem a voz de meu irmão Sergio em português e notem que vem sem misturas, já que ele não falava outras línguas.
8. Voz: -"Sou teu amigo de flor"
Cris: -“Um beijo meu amorzinho, te amo!”
Cris relata, emocionada: essa menção de nossa união por meio de uma flor tem um significado muito profundo, porque eu plantei uma gardênia depois que ele partiu - diante da porta de vidro do quarto do Stefano, que se abre para o terraço. Cuido dela com carinho, pois dediquei a ele, e sempre penso nele e em meu marido quando olho ou cuido da gardênia, que tem crescido e dado muitas flores perfumadas. Quando plantei, dediquei a flor ao Stefano e ninguém sabia desse fato.
9. Voz: -"Ligou José contigo”
Explicação: trata-se de José, tio da namorada do Stefano.
10. Voz: -“Faz nada, Roberto!!!”
Voz do pai da Cris, provocando o genro Roberto, tal e qual fazia quando ambos eram vivos. Genro e sogro viviam se pegando de brincadeira, e aqui, o pai acusa o Roberto de não fazer nada.
11. Voz: -“Vixi! Enrolar!”
12. Cris: -“Beijo, meu amorzinho... te amo!”
Voz: -“Tem que ter internet!””
13. Voz: -“Io pretendo!”
Cris: -“Eu ouço bem...”
Sonia: -“Ta ouvindo uma voz de fundo?”
Sonia: -“Stefano, você está me ouvindo?”
14. Voz: -“Voice´s trial close!”(tradução: -“Tentativa de falar próximo”).
Depoimento Final Da Mãe:
Foi difícil fazer uma seleção dos áudios, pois muitos eram importantes para mim. Mas, a primeira coisa que me chamou atenção, e sem dúvida confirmou a presença de meus familiares falecidos, foi a mistura de línguas que era muito comum entre nós. Outra coisa, foi a nítida diferença de vozes entre meu filho Stefano, meu marido Roberto, e meu irmão Sergio, que me surpreendeu muito. Mais ainda porque responderam no tom e jeito próprios que usavam antes de partir. Meu marido ainda usou uma expressão “cosa era para mi” (Tradução: o que você foi para mim) com a mistura de italiano e português. Ele nunca dizia “para mim”, mas “para mi”.
Antes das gravações, um fato curioso:
O outro filho da Cristina (que é vivo, obviamente), o Roberto, tem mediunidade e é militar no Iraque. Ele ligou de lá para mãe, cerca de dois meses antes de fazermos tais gravações e quando ainda nem tínhamos pensado nisso, para contar que havia ocorrido com ele um fato inusitado.
O Stefano (então já falecido) apareceu para o irmão, no Iraque, durante uma patrulha noturna no meio do deserto e disse, muito feliz: “I will talk with mom very soon, and I will do it in English!” (Tradução: ”Em breve vou falar com a mamãe em inglês!)
Claro que naquele momento o irmão não entendeu e nem mesmo a Cris. Pouco depois, ele confirmava o prometido.
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Publicado na revista Isto É sobre Transcomunicação Instrumental(TCI)
Com um PC e um rádio de ondas curtas, várias pessoas gravam conversas com parentes e amigos mortos. Analisadas por peritos, que confirmam sua veracidade, as gravações estão atraindo o interesse da ciência.
Vida após a morte. Para quase todos nós, tais palavras compõem, no máximo, uma interrogação. Uma afirmação nesse sentido teria de, no mínimo, vir acompanhada de uma convincente explicação científica. Caso contrário, soaria como um desejo místico ou pregação religiosa. Tal possibilidade, entretanto, nunca apresentou tantas evidências como agora. Como se verá adiante, a chamada transcomunicação está conseguindo o que antes era apenas ficção de terror: mostrar que os mortos habitariam outra dimensão física e temporal, de onde podem se comunicar com os vivos. São evidências fortes e a ciência não consegue mais ignorar.
Um grupo ainda relativamente pequeno de médicos, engenheiros, psicólogos, músicos, donas-de-casa - pouco mais de 900 no Brasil e cerca de dez mil no mundo - está trabalhando para provar a existência de alguma forma de vida após a morte. Eles conversam com parentes e amigos mortos por meio de equipamentos eletrônicos. Diferente da chamada mediunidade (característica que distingue os que afirmam que têm contato com os mortos), praticada por espíritas, esse novo tipo de fenômeno permite uma análise pelos instrumentos da ciência.
A maior parte das pessoas - denominadas comunicantes, segundo o jargão utilizado pelo grupo - está reunida na Associação Nacional de Transcomunicadores (agora Instituto de Pesquisas Avançadas em Transcomunicação Instrumental) -, fundada há dez anos pela escritora paulistana Sonia Rinaldi. "Temos a pretensão de fazer um trabalho científico", afirma. "Mas esbarramos na falta de recursos financeiros", completa, lembrando que a associação não cobra nada de seus associados nem das pessoas as quais ajuda.
A motivação das primeiras tentativas de contato não foi a curiosidade, mas a saudade e a dor da separação de alguém que morreu. Mais de 70% dos experimentadores, segundo Sonia, começaram a se interessar pelo assunto após a perda de pessoas queridas. Com a transcomunicação instrumental, nome dado ao fenômeno, todos obtêm conforto e alívio ao saber que aquelas pessoas estão bem. "A prova concreta de que eles (os mortos) vivem, sentem e falam transforma a dor em esperança", diz Sonia em seu livro Contatos interdimensionais, lançado recentemente pela editora Pensamento. Um CD com dezenas de vozes paranormais acompanha a obra.
Para a minoria dos experimentadores, como é o caso da própria Sonia, não foi a dor o principal motivo que os aproximou da transcomunicação. Foi a simples curiosidade ou, então, o interesse científico. De acordo com os relatos de gravações feitas por Sonia e outros associados da ANT, a vida Lá, como a denominam, não é muito diferente do que nós conhecemos aqui. "Pelo que eles nos contam, você continua comendo, dormindo, trabalhando e até viajando, mas tudo em outra dimensão", conta Sonia.
O interesse da terapeuta de vidas passadas Rosa Alves de Faria Almeida por transcomunicação instrumental começou com a dor. Sua mãe, dona Júlia, havia acabado de morrer quando recebeu a primeira mensagem endereçada a ela, em 12 de dezembro de 1998. "Eu falei que queria falar com a minha mãe, mas não pude esperar para ouvir a resposta", diz. Estava indo ao hospital visitar o pai, que estava internado. Na mensagem, que Rosa só ouviu após a morte do pai, ocorrida cinco dias depois, a voz de sua mãe dizia: "Eu estou aqui, minha filha. Está tudo bem. Já preparei o meu velho." Depois dessa, Rosa não parou mais de tentar o contato com o Além. "Já falei com quase todos os meus parentes e amigos falecidos", conta.
O difícil foi convencer os filhos da existência do fenômeno. Isso só aconteceu depois que Hugo (nome fictício), um conhecido da família, aceitou fazer um experimento durante uma visita a Rosa em São Paulo. No final da gravação, uma voz masculina dizia: "Nunca deram um filho para o meu filho." Hugo, o único a entender a mensagem na sala, começou a chorar. Era a voz de seu pai, uma das únicas pessoas que sabiam que o filho que todos acreditavam ser de Hugo era, na verdade, adotado.
O processo de captação
Não é nada fácil conversar com os mortos pela técnica usada por esses transcomunicadores, como admite a própria Sonia. "Temos de enviar um determinado ruído aos comunicantes para que eles possam falar conosco", explica. Esse ruído pode ser o de uma torneira aberta, técnica utilizada em outros países, rádios fora de sintonia ou até mesmo a "bolha humana" - gravação ininteligível de várias vozes que falam ao mesmo tempo. "Os comunicantes procuram modular esse som, ou seja, organizar esse turbilhão eletrônico para falar o que querem", conta ela.
Quando começou a fazer experimentos, em 1988, Sonia utilizava um gravador comum e um rádio de ondas curtas mal-sintonizado. O gravador foi substituído por um computador equipado com um software feito especialmente para gravar os sons. É preciso ter muita paciência para ouvir as vozes. Primeiro, gravam-se algumas perguntas. As respostas não são imediatas.
Provas
Mas é inegável que o fenômeno impressiona, em especial as chamadas "vozes reversas", algo que dificilmente poderia ser forjado. Isto é, algumas mensagens só podem ser escutadas quando a gravação é ouvida de trás para a frente, um artifício que conta com a ajuda do computador. A flautista Rosemeire Cassiano da Silva, em uma tentativa de se comunicar com seu irmão Beto, gravou: "Deixe uma mensagem para nós, por favor." A suposta resposta, quando ouvida no sentido reverso, surpreende: ouve-se claramente uma voz feminina com sotaque português, bastante melódica. Ela diz: "Vosso irmão manda avisar que ama você." Normalmente, o que se ouve quando um registro sonoro é tocado no sentido reverso é um emaranhado de sons sem sentido. Especialistas em fonética dizem ser praticamente impossível a formação de frases inteiras no modo reverso. Às vezes, tem-se a impressão de ter escutado alguma sílaba ou até mesmo uma palavra conhecida. Mas não passa disso. Há, no entanto, casos espantosos de pessoas que afirmam ter sido contatadas por telefone celular, bip e secretária eletrônica.
"Mensagem recebida em 10 de setembro às 21 horas e 36 minutos", ouviu no celular a psicóloga paulistana Zilda Monteiro. Ela não entendeu nada quando escutou a mensagem, um "eu te amo" sussurrado. Pensou em apagá-la, mas se lembrou de um estranho combinado. Era a voz de seu ex-marido Edson, que morrera menos de um mês antes. Quando estava se recuperando de um infarto, Edson combinara de ligar para o celular da ex-mulher. "Daqui ou de Lá", prometeu. Entrou em coma no dia seguinte e nunca mais acordou.
"Mostrei o recado para a mãe e a tia dele e elas reconheceram sua voz na hora", diz Zilda. Para tirar a dúvida, a ANT solicitou uma análise técnica ao engenheiro Alessandro Pecci, que comparou a voz de Edson vivo com a mensagem do celular. O resultado: "Conclui-se que não existem evidências que comprovem que os locutores tr1 (Edson vivo) e tst1 (voz gravada no celular) são diferentes, dada a proximidade dos coeficientes encontrados."
O assunto vem atraindo também o interesse de cientistas. O físico alemão e professor da Universidade de Mainz Ernest Senkowsky, que criou em 1980 o termo transcomunicação quando escreveu o livro Instrumentelle transkommunikation, transformou parte de sua casa em laboratório e pesquisa o assunto até hoje. Senkowsky começou seus experimentos em 1976. Até 1985, já havia arquivado mais de 25 mil vozes. A primeira que reconheceu foi a de seu pai, morto em 1959. Em um dialeto do leste da Prússia, o pai de Senkowsky o chamou pelo apelido de infância. "Eu não tento convencer os outros sobre a existência do fenômeno. Mas é impossível convencer alguém que está cego pelo ceticismo ou que fecha propositalmente seus olhos", disse a ISTOÉ.
Ainda não há uma prova científica do fenômeno. "Há somente argumentos que são aceitos ou rejeitados pelas pessoas." Porém, a história da ciência mostra, lembra Senkowsky, que uma opinião aceita pela maioria dos cientistas é, geralmente, encarada como "prova". "Fenômenos paranormais, incluindo a transcomunicação, são interações físicas e psíquicas que se incluem dentro de um sistema holístico complexo, sobre o qual nossas regras de causa e efeito lineares não podem ser aplicadas", diz o físico alemão. "Não haverá provas disso até que todo o sistema científico seja ampliado para englobar todos os fenômenos paranormais", conclui. O endosso a essa opinião vem de um colega brasileiro. "Do ponto de vista da ciência, esse fenômeno por enquanto não existe", afirma Euvaldo Cabral Jr., professor de Telecomunicações e Processamento de Sinais da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), um dos poucos a não demonstrar preconceito em relação ao assunto, apesar de ser agnóstico, ou seja, não acredita em nenhuma religião. Mas, como ele mesmo ressalta, "da mesma forma que não há nenhum estudo comprovando a existência do fenômeno da TCI, também não há provas científicas de que ele não exista".
Tal rigor não é compartilhado pelos usuários da TCI. Segundo eles, a grande vantagem da comunicação via aparelhos eletrônicos é a possibilidade de ter, sim, sua veracidade comprovada cientificamente. "Pelas características que apresenta, o fenômeno se presta a uma análise científica nos moldes convencionais, na área de processamento de sinais", diz Cabral Jr. Para ele, isso é possível por envolver a geração de sinais elétricos - no caso, sons.
O caminho para se chegar a uma prova científica desse suposto fenômeno não é fácil. Primeiro, é necessário provar que ele é real, ou seja, que distúrbios elétricos não esperados ocorrem em dispositivos eletrônicos. Para isso, seria preciso construir um laboratório especial com blindagens eletromagnética e acústica à prova de quaisquer interferências externas, como sinais de rádio e sons ambientais. Caso o primeiro estudo conclua que realmente há interferências de causas desconhecidas ocorrendo em equipamentos eletrônicos, ele deve ser publicado em uma revista científica de renome internacional - como a Nature, a Science ou a Scientific American - para que possa receber críticas da comunidade científica internacional. A conclusão teria, então, de ser comprovada em outros laboratórios. Só assim, com o tempo, seria aceita como verdadeira.
Mais: se o objetivo é mostrar que as vozes realmente vêm do suposto mundo dos mortos, os sons atribuídos a eles teriam de ser comparados com a voz dos mesmos indivíduos quando vivos. Isso exigiria um grau de clareza e altura raros nas vozes registradas pelos experimentadores.
Cabral Jr. diz que poderia propor um projeto nesses moldes para pesquisar o fenômeno, se houvesse financiamento. Ele calcula em cerca de R$ 4 milhões os investimentos necessários para a construção e manutenção por dois anos de um laboratório nas configurações ideais. O que envolveria a aquisição de sofisticados equipamentos eletrônicos, computadores e a montagem de uma equipe técnica com cientistas das áreas de engenharia e física.
O próprio pesquisador conta que está concluindo uma teoria em que procura explicar todos os fenômenos paranormais. Concebida inicialmente para a área de robótica humanóide, o objetivo da teoria é, primeiramente, desenvolver robôs inteligentes, providos de emoção, um certo livre-arbítrio e, o mais impressionante, capacidades ditas "anômalas", como a possibilidade de a mente do robô ser preservada mesmo sem o seu cérebro (hardware). "Tudo isso vai ser implementado via software", explica Cabral Jr. Muito resumidamente, a teoria do pesquisador afirma que existem unidades de consciência geradas pelo ser humano que sobrevivem à morte do corpo físico. Essas unidades, que preservariam a personalidade do indivíduo quando vivo, é que interfeririam nas gravações dos experimentadores de TCI.
O assunto promete muita polêmica no meio científico. "O homem de ciência, muitas vezes, não acredita nem no que vê, mas só no que pode ser comprovado na ponta do lápis", diz o astrônomo Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, diretor do Observatório Astronômico do Rio de Janeiro e um dos cientistas mais conhecidos da opinião pública. "Eu só acreditaria na existência da alma se fosse possível comprová-la por meio de instrumentos científicos", afirma.
Mourão concorda que há em seu meio bastante preconceito em relação aos fenômenos ditos paranormais. "Mas acho isso um erro. Temos de participar ao máximo dessas discussões", afirma. Segundo ele, essa é a melhor forma de evitar a proliferação de interpretações falsas e forçadas. Apesar de se considerar um cético e não crer em teses de sobrevivencialistas, Mourão diz que participaria de qualquer pesquisa que estudasse a hipótese de vida após a morte.
E é verba o que falta na Associação de Transcomunicação Instrumental. Não há dinheiro em caixa para nenhum experimento científico mais elaborado, afirma a fundadora Sonia Rinaldi. Atualmente, a entidade está contando com um apoio que não deve chegar a R$ 10 mil da Legião da Boa Vontade (LBV). A instituição ecumênica, defensora da existência da vida após a morte, está patrocinando uma análise de 100 fitas com vozes paranormais.
Entrevista com Sonia Rinaldi
O jornalista Jorge Rizzini, do Jornal Espírita - órgão de divulgação da FEESP - Federação Espírita de São Paulo, conversou recentemente com a coordenadora da ANT:
Sonia, como foi que você iniciou na Transcomunicação Instrumental (TCI)?
EM 1988, numa sessão mediúnica, no IBPP - Instituto Brasileiro de Pesquisas Psicobiofísicas, dirigido pelo Dr. Hernani, um mentor sugeriu que iniciássemos experimentos para obter transcontatos. Começamos na mesma semana, porém, sem qualquer orientação mais sólida. Naquela fase não havia literatura que explicasse, detalhadamente, como proceder nos experimentos e tivemos que "reinventar a roda"... ou seja, fizemos nosso caminho por conta, e aprendemos muito com isso. Tempos depois, para evitar que outras pessoas tivessem que passar pelas mesmas dúvidas devido à falta de orientação, lançamos um livro, em 1996, que traz todo o passo a passo para se iniciar, bem como dezenas de casos, esquemas de aparelhos etc...
Você obteve resultados desde o início?
De jeito algum. E nem poderia, pois, conforme viríamos a descobrir muito tempo depois, naquele período não existia nenhuma Estação Transmissora situada no Além já interessada em contactar o Brasil. Por isso, levamos quase três anos para ouvir as primeiras palavras. Finalmente, em 1992 tivemos notícias da formação de um grupo de espíritos interessados em desenvolver contatos conosco. A partir daí solidificaram-se os elos de amizade e os objetivos comuns entre nós e o grupo do Além que nos contacta.
Mas, parece que o nosso caso foi um tanto particular, pois, nunca obtivemos contatos de espíritos "locais" - se assim podemos chamar aqueles que nos rodeiam.
Explico: pela nossa experiência, notamos que existem dois tipos de contatos:
- os que provém de entidades que estão transitando pela Crosta (que não se valem de tecnologia - e por isso, necessitam exclusivamente da vontade e de algum recurso energético - ectoplasma - existente nas redondezas) e
- os que provém de entidades que informam estar numa Estação Transmissora, e usam de tecnologia para nos acessar.
Nesse caso, além dos recursos técnicos, parece haver importância algum tipo de bio-energia de nossa parte, mas que com toda certeza, não é o ectoplasma. Por outro lado, notamos que o transcomunicador atua de forma decisiva no intercâmbio porque é como se ele funcionasse como "antena" - e nesse sentido, o "ser global" dele, faz diferença para sintonizar os parceiros do Além.
É como se o operador fizesse parte integrante do conjunto de aparelhos, e assim, oscilações emocionais sempre se refletem na faixa sintonizada dos espíritos comunicantes. Mas, quer nos parecer que essa "energia" pessoal, difere do ectoplasma. Possivelmente, trata-se algum tipo ainda desconhecido para nós, que com o tempo e o desenvolvimento das pesquisas, viremos a conhecer. Na TCI, a evolução é muito recente, e os estudos ainda são incipientes. Há que as dar mais tempo para aclarar o fenômeno.
Mas, voltando à sua pergunta, percebemos que, porque hoje já existe uma Estação no Além que se destina a contactar o Brasil (e agora com expansão para outros países das Américas - conforme nos informaram há poucos dias), a caminhada de quem começa é bem mais fácil do que o início que tivemos que enfrentar.
Então você admite que o nível moral tem papel decisivo nos contatos?
Sem dúvida alguma! Eu falei há pouco do "ser global" e isso inclui principalmente o bloco que perfaz o nosso espírito, com suas graduações de humor, bem ou mal estar, qualidades (ou defeitos) pessoais, o que vale dizer que, cada transcomunicador acessará o seu semelhante do lado de Lá. A famosa "sintonia" que nós, espíritas, conhecemos muito bem. Porém, isso não difere muito da questão mediúnica, pois basta um médium ser de elevado padrão moral e ele terá uma faixa de Amigos, e se assim não for, terá toda sorte de "companhias indevidas", inclusive obsessores.
Assim, haveria risco em se fazer experimentos de TCI?
Veja, poderíamos dizer que o risco não está nos experimentos, mas, nas nossas imperfeições. Não há nada a temer se se tem boas intenções. Mas, se objetivo for brincar com os contatos, e nesse caso vale lembrar as brincadeiras do "copo que anda", aí a coisa pode pegar, pois, obviamente que obter "contatos locais" é algo bem próximo de qualquer espírito que está por aí, sem nada para fazer. Aí voltamos a questão moral, que é só o que despertará o interesse dos espíritos mais elevados.
Como foram os seus primeiros contatos?
Uma das coisas mais comuns que ocorre com o transcomunicador iniciante é ele ouvir seu próprio nome. No inicio é preciso treinar um tanto o ouvido para que se torne seletivo. Ou seja, é preciso aprender a separar a voz paranormal do ruído de fundo. E uma das formas de chamar a atenção do experimentador é chamá-lo pelo nome. É como por exemplo, se você está em meio a uma multidão, alguém chamar seu nome. Imediatamente você se vira e busca quem chamou. Se fôsse qualquer outra palavra, por certo passaria despercebida.
E hoje, como são esses contatos?
Desde o início deste ano, a equipe técnica do Além conseguiu suprir os ajustes necessários, no Tempo principalmente, de forma que hoje atingimos a fluência tão esperada por tantos anos. Ou seja, todas as perguntas são respondidas ou comentadas. Mas, acerca de duas semanas, por orientação dos próprios comunicantes espirituais, incluímos no conjunto de nossa aparelhagem, o telefone - diretamente ligado ao computador. O mais curioso é as vezes perceber a nossa "teimosia". Já há mais de três meses, os espíritos inseriam em meio a muitas respostas, as expressões:
-"Sonia, pega o telefone" ou então diziam: -"Sonia, telefona para nós".
Oras, eu achava que eles tinham grande senso de humor, pois como eu poderia ligar para eles??? E simplesmente ignorava a recomendação. Apenas acerca de poucas semanas, por acaso estava com o telefone sem fio ao lado do computador onde gravo os contatos quando eles voltaram a repetir -"Pega o telefone". Apenas para brincar com eles, peguei o telefone sem fio e respondi: -"Tá bom! Peguei o telefone! E aí?"
Parei por alguns segundos e a intuição passou a funcionar e fui checando um jeito, outro, e mais outro, até que na quarta tentativa, havia acertado. Havia percebido como usar o telefone na nova aparelhagem e uma as primeiras coisas que eles disseram então foi: -"Você telefonou para nós". Claro que não se trata de uma chamada telefônica conforme nós entendemos mas, apenas o uso do aparelho no lugar do gravador ou outro qualquer.
A vantagem de usar o telefone assim, sem a linha telefônica, garante que os contatos são autênticos. Não há como uma pessoa nos acessar através daquele telefone, pois não está na linha. Um equipamento dessa linha foi desenvolvido na USP e está funcionando perfeitamente.
Então fale da aparelhagem que você usa
Atualmente utilizo o computador como base, o telefone, secretrária eletrônica, gravador... enfim, tudo. Recentemente, acrescentamos equipamentos para recepção de imagens também. Para isso, estou usando um tubo de raios catódicos, placa especial, câmera etc. Mas, quem deseja iniciar pode perfeitamente começar pelo uso de rádio (comum) e gravador (comum). Temos notado que no inicio, não é o equipamento que fará qualquer diferença, mas, será decisivo, despertar a atenção dos Amigos Espirituais, através de nossos pensamentos puros e desejosos de auxiliar o próximo. De volta ... retornamos ao aspecto da moral, como base para tecer a amizade com espíritos mais elevados. Mas, isso, não constitui qualquer novidade para nós, espíritas. Talvez proque 99% dos nossos associados sejam espíritas, que procuram reger a vida dentro dos parâmetros da Codificação do mestre Kardec, encontramos a confiança desses Amigos Espirituais dedicados que conseguem promover o avanço nos contatos conforme vemos.
Em sua opinião, a TCI se enquadraria no segmento Científico do Espiritismo?
Exato. Veja, a parte religiosa e filosófica da nossa doutrina, já vem sendo bastante difundida, sobretudo levando seu lado moral, ético, a atuação caritativa etc... Mas, a pesquisa científica é praticamente inexpressiva, até mesmo no Brasil, local de maior difusão da Doutrina Espírita. São vários os segmentos que constituem o segmento científico do Espiritismo, como os estudos de casos de Reencarnação, casos de Poltergeists, regressão à Vidas Passadas, Desdobramentos ou Viagens Astrais, Telepatia, Clarividência, Clariaudiência, etc... Também é o caso dos contatos por TCI, que também permitem controle científico ainda mais rigoroso sobre eles.
Sabemos que você conduz a pesquisa na direção científica. Como é que é isso?
Verdade. Não consigo ver a TCI sem o respaldo da garantia do reconhecimento científico, ou seja, se o fenômeno é verdadeiro, ele tem que dar margens a comprovação. Se não fizermos isso, a TCI não terá a força de atingir culturas que negam a realidade do Espírito. Além disso, se não trabalharmos com a comprovação do fenômeno, estaremos gerando apenas mais uma possibilidade de crença. Nosso objetivo é trabalhar de forma transparente, documentada e bem analisada. Para isso, firmamos contatos com cientistas da USP, UNICAMP e PUC, afim de que eles possam endossar a autenticidade dos contatos. Não para nós, mas, para servir aos que possam duvidar do fenômeno.
Conte-nos algum caso.
Casos ocorrem diariamente, não só comigo, mas também tomamos conhecimento das ocorrências de nossos associados e de nossos colegas do Exterior. Mas, algo que nos chamou a atenção, e que está detalhado em nossa recente publicação (Circular 38), foi algo surpreendente até para nós.
Em maio fizemos uma reunião da ANT - Associação Nacional de Transcomunicadores, e estavam presentes 73 associados (de várias regiões do Brasil). Como sempre fazemos, realizamos um experimento dando abertura para que quem desejasse elaborar perguntas sobre seus falecidos. Das 73 pessoas, 44 colocaram perguntas. É importante informar que toda a reunião foi gravada com vários gravadores de nossos associados. Finda a gravação, pegamos 3 das muitas fitas gravadas, para análise. Apuramos o seguinte: na minha gravação constavam 263 respostas dos espíritos, na da Magaly Chiereguini, 103 respostas e na do Eng. Luiz Netto, outras 127 respostas, totalizando mais de 400 vozes paranormais em apenas 15 minutos de gravação. Um recorde.
De onde provieram esses contatos?
Em 1992 começou a formar-se um grupo de espíritos interessados em nos assistir e em 1994 recebemos a informação de que se desvincularam da Estação-mãe e mudaram-se para uma sede nova (que informaram chamar-se "Lago da Paz"). Desde então assumiram o nome de Grupo Landell, e o grupo passou a ser coordenado pelo Dr. Roberto Landell de Moura. Embora a maior parte dos brasileiros desconheça, o Dr. Landell foi o verdadeiro inventor do rádio, pois o fêz 2 anos antes de Marconi, no início do século. Hoje ele lidera esse grupo que vem obtendo avanços técnicos notáveis.
Eles sempre informaram que a maior barreira técnica para nos acessar era o ajuste no Tempo, e que isso demanda um grande conhecimento. Por certo a outra barreira que eles possuem é a moral dos do Lado de Cá. Provavelmente, essa é a maior de todas.
Nosso Allan Kardec teria feito qualquer colocação relativa a essa pesquisa que floresce hoje em dia?
Sim, sem dúvida! Basta lermos a questão 934 do Livro dos Espíritos que fala da perda dos entes queridos e diz:
934 - A perda de entes queridos não nos causa um sofrimento, tanto mais legítimo quanto é irreparável e independente de nossa vontade?
Resposta: Essa causa de sofrimento atinge tanto o rico como o pobre: é uma prova ou expiação e lei para todos. Mas, é uma consolação poderdes comunicar-vos com os vossos amigos pelos meios de que dispondes, ENQUANTO ESPERAIS O APARECIMENTO DE OUTROS, MAIS DIRETOS E MAIS ACESSÍVEIS AOS VOSSOS SENTIDOS.
Oras... que meios poderiam ser mais diretos do que ouvir a voz do falecido ou ver a sua imagem no Plano Espiritual hoje?
Para finalizar: qualquer pessoa pode fazer experimentos e obter resultados?
Com certeza. Não dá para imaginar que a Espiritualidade Maior teria a intenção de favorecer apenas uns e não outros. Nada tem a ver com recursos especiais de equipamentos pois tem gente trabalhando, com sucesso, usando apenas gravador e radio, e nada mais. Tão pouco depende de dotes pessoais, pois se assim fôsse, não teríamos resultados sendo obtidos por centenas de pessoas no mundo todo. O único requisito real é a vontade, mas muita vontade mesmo, pois isso abrirá a ponte para os contatos. Entendemos que a TCI é um plano de ação mundial para disseminar a verdade do Espírito, principalmente em culturas que não o admite e que possuem dificuldade de assimilar algo que não seja "tangível".
Referência: Instituto de Pesquisas Avançadas em Transcomunicação Instrumental.
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Os Mortos se Comunicam por Computador
Teresa Tavares (jornalista no Rio de Janeiro) - Revista Visão Espírita
Se o computador está promovendo uma comunicação mais intensa entre as pessoas , ele também vem sendo responsável por um contato que até hoje muitos não acreditavam ser possível, o dos vivos com os mortos. Pesquisadores de várias partes do mundo, especialmente na Europa, estão utilizando os modernos microcomputadores para comprovar que o ser humano sobrevive ao fim do corpo físico. Nas telas dos monitores de PC (sigla para a expressão inglesa Personal Computer, ou computador pessoal, em português), impressos em scanners ou impressoras comuns, surgem mensagens de pessoas que não pertencem mais a este mundo, fornecendo dados que puderam ser posteriormente comprovados, e que não eram conhecidos por ninguém, a não ser pelo próprio morto. Esse tipo de comunicação também vem ocorrendo através de outros aparelhos, como a televisão, o rádio, o telefone e gravadores, que reproduzem mensagens dos mortos junto com a voz e/ou imagem do comunicante do além.
Todos esses fatos foram e estão sendo estudados por especialistas em eletricidade e eletrônica, físicos e até por religiosos, que atestam a veracidade das mensagens , como é o caso do padre francês François Brune, que escreveu os livros Os Mortos Nos Falam e Linha Direta do Além. No total, já foram publicados na Europa cerca de 90 títulos sobre transcomunicação instrumental (TCI) - nome com o qual o fenômeno das mensagens enviadas do além por aparelhos é chamado. No Brasil, existem 11 livros sobre o assunto, sendo a maioria traduzida. Um dos poucos títulos escritos por autor nacional pertence ao professor Clóvis Souza Nunes, projetista técnico, membro da Sociedade Suíça de Parapsicologia e representante no Brasil do Centro de Estudos de Transcomunicação e já fez palestras em várias partes do mundo, principalmente na Alemanha, Inglaterra, França e Índia. Segundo explicou em conferência na União das Sociedades Espíritas do Estado do Rio de Janeiro (USEERJ), o fenômeno da TCI teve sua autenticidade questionada a princípio, "mas as provas demonstraram que era uma ocorrência verídica".
Há fraudes em todos os meios, mas devido ao controle científico adotado nos experimentos, às técnicas utilizadas, ao conteúdo obtido e à honestidade dos pesquisadores, afastou-se a possibilidade de erro - diz Clóvis. O pesquisador lembra ainda que chegou a ser cogitado que as gravações atribuídas aos mortos poderiam ser resultado de interferências. Para afastar essa suposição, ele conta que os pioneiros nesse tipo de pesquisa chegaram a colocar seus equipamentos em tanques de glicerina, que impedem as ondas eletromagnéticas de alcançar as fitas. Assim mesmo o fenômeno se repetiu.
Diante da impossibilidade de se negar a TCI, foram elaboradas teorias que pudessem explicar o que estava acontecendo. O professor Clóvis Nunes afirma existirem quatro hipóteses principais que interpretariam o fato. A primeira delas é a tecnológica, considerando-se que os campos magnéticos dos modernos aparelhos eletrônicos permitem o registro de informações do além, o que as máquinas do passado não conseguem captar. A segunda hipótese admite a possibilidade de que os espíritos possam atuar mentalmente nos equipamentos, sem a necessidade de uma tecnologia de transmissão. Nunes observa que se um paranormal consegue imprimir imagens num filme velado, como ele disse já ter ocorrido, "um espírito também poderia fazer o mesmo". A terceira hipótese se vale do pressuposto de que os espíritos podem utilizar energia humana, "retirando algum potencial elétrico do cérebro do operador dos equipamentos para realizar a TCI". A última hipótese considera que os espíritos usam energia mediúnica para o contato. Para que os mortos chegassem a mandar mensagens através do computador, muitos pesquisadores se dedicaram a estudar o fenômeno e a criar, inclusive, aparelhos que pudessem facilitar o contato.A primeira comunicação ocorreu de maneira descompromissada: numa gravação que fazia, por hobby, do canto de pássaros, Frederic Jüngerson, ao rebobinar a fita, deparou-se com uma voz que posteriormente identificou como sendo de uma pessoa falecida. Ele deu início às primeiras transcomunicações através dos gravadores.
Frederic Jüngerson - Poliglota e escritor, trabalhava filmando achados arqueológicos e inclusive registrou o encontro de relíquias durante as escavações da Basílica de São Pedro. Mas seu hobby especial era gravar o canto dos pássaros. Um dia, ao repassar o que havia gravado,escutou uma voz humana. No início, cogitou tratar-se de uma transmissão pirata ou de interferência feita por alguém com a intenção de se divertir. Só se convenceu de que eram mensagens de pessoas mortas quando obteve uma gravação em que cada uma das oito palavras enviadas era de um idioma diferente. Ao traduzi-las, identificou uma frase perfeita e com o sentido concatenado. Com base nessas gravações, Jüngerson escreveu o livro Vozes do Universo, traduzido para o português com o título de Telefone para o Além, hoje com edição esgotada. No total, ele gravou quase 30 mil vozes.
Konstantin Raudive - Cientista letão residente na Alemanha, professor universitário e tradutor das obras de Cervantes para o alemão. Estudioso das experiências de Jüngerson, repetiu-as com êxito. Gravou, inclusive, a voz de sua falecida mãe, que o chamava pelo apelido particular de "Const". Dedicou nove anos ininterruptos de sua vida pesquisando o tema. Todas as tardes e noites não fazia outra coisa que não fosse se debruçar sobre os estudos da transcomunicação. Deixou registradas 72 mil vozes e publicou três livros, traduzidos para vários idiomas. Deu uma contribuição muito importante às pesquisas de TCI. Ele e Jüngerson levaram a comunidade científica da Europa a se interessar pelo assunto.
George Nick - Engenheiro, inventor e professor universitário, acumulou uma certa fortuna com seus registros de patente na área de eletricidade. Pesquisador muito respeitado nos Estados Unidos, parapsicólogo interessado nos fenômenos paranormais, começou a investigar as ocorrências de transcomunicação no mundo todo. Junto a um grupo de cientistas nos EUA, investiu US$500 mil do próprio bolso para montar um equipamento - que batizou com o nome de spiricom -, uma espécie de gerador de tons, para falar com os espíritos em dois sentidos. Entre as várias comunicações que conseguiu, uma das mais interessantes foi a de um amigo engenheiro da NASA, George Smith, que tinha falecido 14 anos antes, ou seja, em 1968. Nick gravou 120 horas de diálogo com Smith, nos quais este forneceu, como prova de autenticidade da gravação, o número de seu seguro de vida, que não era do conhecimento nem da viúva e que permitiu a ela receber a apólice. Além disso, deu informações de como aperfeiçoar o aparelho de contato entre os dois mundos. Hoje, o spiricom já está superado, apesar de ter permitido, na época, um resultado extraordinário. Esse aparelho produz muitos ruídos de fundo, na faixa de 27 a 29 megahertz, que é a dos radioamadores. O espírito modula os tons emitidos pelo aparelho e constrói a voz a partir disso. As pesquisas do Dr. Nick deram nova ênfase à TCI porque tornaram mais plausível a comunicação dos espíritos por aparelhos eletrônicos.
Hans Otto Krurik - Transcomunicador alemão que desenvolveu um aparelho chamado "gerador de vozes", alcançando melhores resultados que o spricom. Através desse equipamento, a voz dos mortos aparece diretamente na caixa de som, o que possibilita o reconhecimento do espírito graças à clareza do som produzido. Krurik transformou sua casa num laboratório especial, o que lhe permitiu receber transcomunicações também por telefone, fax e computador.
Kraus Schreiber - Fez a maior descoberta do século no campo da TCI, ao receber as primeiras imagens de espíritos na TV e foi a partir daí que ocorreu um salto espetacular nessa área. Começou suas experiências em casa, depois de ter perdido toda a família num acidente automobilístico - o pai, a mãe, a esposa e os dois filho. Num encontro com amigos em sua própria casa, comentou-se sobre um programa exibido na televisão sobre transcomunicação. Sem acreditar nesse tipo de assunto, um dos presentes resolveu, de brincadeira, tentar um contato com Philipe, um amigo que havia morrido dos anos antes. Colocou uma fita para gravar e fez um apelo para que o morto se comunicasse. O espanto de todos foi imenso quando, ao rebobinar a fita, ouviram a voz de Philipe, dizendo que estava com eles. Klaus Schreiber conta que a casa ficou vazia em cinco minutos, mas ele permaneceu acordado até de manhã, ouvindo a gravação e refletindo sobre a possibilidade de também fazer contato com seus familiares mortos. Daquele dia em diante, a residência dele se transformou num grande laboratório de transcomunicação. Ele conseguiu gravar as vozes dos filhos e captou a imagem da filha na TV, dois anos depois.
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Defunto em Alagoas telefona do Além
Fato ocorrido com o Administrador do Cemitério da Piedade no bairro do Prado em Maceió-Al,ele nos falou que uma mulher ficou de aparecer pra pagar uma tacha pra retirar os ossos de seu marido falecido para transferir os restos mortais em uma caixa mortuária, e que retornaria para pagar na sexta-feira.Na sexta a senhora estava sem dinheiro não apareceu;o administrador do cemitério recebeu um telefonema do filho desta senhora dizendo que podia fazer a remoção dos ossos pois a mãe dele viria segunda-feira trazer o dinheiro;na segunda-feira a senhora, esposa do falecido veio trazer o dinheiro para o administrador,o administrador do cemitério falou que o filho dela tinha telefonado avisando que ela viria na segunda;a senhora ficou estupefata pois o filho tinha morrido á 10 anos e que estava sem dinheiro e tinha encontrado por baixo do coxão de dormir do filho falecido.
domingo, 9 de janeiro de 2011
Transcomunicação Instrumental
Hoje temos facilidades de comunicação com o mundo com a internet,SKYPE um avanço na comunicação entre os vivos;no mundo espiritual espíritos como Albert Ainstein,Tecnicia,Constantine Dalvine,Tomas Edson entre outros trabalham incessantemente em laboratórios para uma comunicação instantânea entre vivos e mortos com a Transcomunicação Instrumental.Em breve a saudade dos nossos entes queridos vai ser amenizado com a certeza de sua sobrevivência pós morte com a comunicação entre vivos e mortos através de aparelhos eletrônicos.
Raudrin de Lima-Transcomunicador
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