terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Contatos Via Skype e evidências de autenticidade

Programas Skype e Pretty May(Sônia Rinaldi)

A Técnica:


Faz um tempo que fomos orientados, através de mensagens de áudios, para gravarmos utilizando o Skype. Isso ocorreu num momento em que nem o termo nos era familiar, muito menos do que se tratava. Como sempre, fomos atrás, descobrimos que se tratava de um programa que possibilita conversar com qualquer local, no Brasil ou no exterior, a um custo baixíssimo. Instalamos o programa Skype, mais outro compatível especial para gravar as conversas (Pretty May) e fizemos alguns testes.


Perfeito. Com esses programas vimos ser possível montar uma triangulação, unindo alguém que perdeu um ser querido, mais esse referido falecido e nós. Com essa versão ficava substituído o processo anterior quando usávamos o telefone para falar e gravar com o Outro Lado. O processo de gravação é similar ao que ensinamos no livro “Gravando Vozes” (esgotado), e o mesmo que ensinamos nos workshops. Usa-se um ruído de fundo “desmontando” (sem qualquer conteúdo compreensível – como uma seqüência de fonemas soltos) e disponibilizamos isso para os amigos Comunicantes reorganizarem em suas respostas.


E foi assim que gravamos com a Cristina Ferrara, residente nos EUA, seu filho falecido Stefano e nós aqui no Brasil gravando. Eis como tudo sucedeu.


Cris e o filho Stefano, falecido.



Acreditar que a vida continua após a morte física é uma esperança de continuidade e reencontro. Porém, há quem necessite mais do que esta fé, quer informações e confirmações que acalmem as batidas angustiadas do coração.


Muitas pessoas nos pedem auxílio para falar com um falecido. Mas, ocorreu que a nossa colaboradora (tradutora) Cristina, brasileira radicada nos EUA, atravessava uma fase difícil. Ela ansiava em saber se seu filho Stefano estava bem em sua nova vida, o que lhe aliviaria o coração. Eram vários os motivos de sua angústia, sendo o sentimento da perda, o pior deles.


Breve Histórico:


Seu filho Stefano partiu aos 26 anos, na madrugada de 23 de dezembro de 2007, num acidente de moto. Uma partida brusca não é fácil de superar, e por mais que Cristina tivesse conhecimento da Doutrina Espírita as energias já lhe começavam a faltar. Tendo pedido ajuda à Sonia Rinaldi, ambas combinaram tentar uma gravação via Skype, devido à Cris residir nos EUA.


A primeira gravação ocorreu numa sexta-feira à tarde, 21 de novembro de 2008. A Cris chamando lá dos EUA e a Sonia registrando aqui do Brasil, procurando fazer a triangulação com o jovem falecido. Finda a gravação, Sonia enviou todos os áudios para a mãe ansiosa, mas com certo desapontamento, pois como a Cris lhe havia informado que o Stefano era brasileiro – nascido no Rio de Janeiro, Sonia esperava contatos em bom português.


Mas não foi o que ocorreu. A voz do jovem fazia uma mescla de português e inglês, o que levou Sonia a achar que tudo tinha saído errado e que o experimento não havia funcionado. Que havia ocorrido alguma interferência de espíritos “gringos”, no mínimo.


Eis o que aconteceu em algumas das gravações, já que totalizaram mais de 60, e seria impossível reproduzir todas aqui:




Sonia: -“Stefano, você esta me ouvindo?”


Resposta: -“YES, YES! I'M CLOSE!”(tradução: “Sim! Sim! Estou juntinho!”)

Comentário da mãe: a voz desse áudio é exatamente a dele.






Estava presente nesse dia, no laboratório da Sonia, nosso amigo Marcos, graduado em Ciências da Computação e muito interessado na investigação do fenômeno. Nesse momento a Sonia sugeriu que ele dissesse algumas palavras ao Stefano, e ele diz:


.
1. Marcos: -“Não nos conhecemos pessoalmente, mas será um prazer entrar em contato como você”.


Resposta: -“YOU LIKE US...!”(tradução: -“Você gosta da gente!”)


Sonia brinca com o Stefano e acrescenta ao comentário do Marcos:




VOZ: -“Não pessoalmente, viu?”


Resposta de Stefano: -"Eu sei, eu entende".



Comentário da mãe: meu filho falhava nas conjugações verbais do português, e SIM, costumava dizer eu entende ao invés de eu entendo.




Stefano nasceu no Brasil mas cresceu nos EUA.



Sonia: -“Pode falar mais alto?”


Stefano responde, misturando italiano e português: -“c'e o pai!”(tradução: fo italiano “O pai está aqui!” – referia-se a que o pai dele, falecido, estava ao lado dele).

E Stefano continua a falar da mesma forma que a família fazia em casa, misturando português, inglês e italiano:


2. Sonia: -“Fala um pouquinho mais alto, tá?”


-“I wanna show... rispeito da mãe!” (Tradução: -“Quero mostrar...respeito pela (minha) mãe!”). Notar a pronúnica de “rispeito” ao invés de “respeito”).

Comentário: Stefano sempre usava a palavra “rispeito” (sotaque no “ri” em vez de “re” – e com o significado americano de carinho/ devoção).




3. Sonia: -“Vamos ver se ele fala português?”


Stefano responde: -“REPITO!!!”(notar sotaque americano no português).


4. Cris: “Diga o que quiser, meu amor!”


Resposta: -“Mind for ‘oi’!”(Tradução: “Liga por um oi”).

Cris ficou muito emocionada, porque era exato a voz do Stefano. A pronúncia era exatamente a dele, os erros de conjugação do verbo em português e a pronúncia característica.


A intimidade que só a própria família conhece:


Para nossa surpresa, só então Cristina revelou algumas peculiaridades de seu filho Stefano. Ele viveu aqui no Brasil só até os três anos de idade, e seu português (a língua menos usada em casa) tinha sotaque americano e misturado com algumas palavras em italiano, que era o idioma que a família falava normalmente, já que o pai era italiano. A Cris ficou estupefata quando ouviu as vozes gravadas pela Sonia no Brasil, pois interpretou que o fato das respostas virem assim misturadas era justamente o mais forte indicativo de autenticidade. Sonia explica um pouco do drama vivido pela Cris, quando da morte de Stefano:


O filho da Cris nasceu no Brasil e saiu do país muito novinho. Só que ela não me contou sobre isso e eu pensava que ele sendo brasileiro, responderia tudo em português durante as gravações. Ele veio a falecer num acidente de moto, aos 26 anos, quando ele vinha por uma avenida de madrugada e um rapaz (a pé) atravessou na frente dele. Morreram os dois.


Na verdade a Cris acha que não foi "descuido" do transeunte, mas sim, que ele e amigos estavam fazendo uma brincadeira que lá nos EUA chamam "chicken" (= frango) quando um doido se põe a correr na FRENTE de um carro - cambaleando como se fosse um frango sendo capturado. É uma brincadeira de alto risco, como os “rachas” que ocorrem no Brasil.


É claro que isso deixa o motorista aparvalhado. Enfim, morreram os dois. Só que isso nunca foi confirmado (claro!), pelos amigos da outra vítima que morreu junto. Pior: a família do "outro" exigiu na justiça indenização pelo "suposto atropelamento".


Pobre da Cris, não bastava ter perdido o filho, ainda por cima teria que enfrentar um débito descomunal – onde a extorquiam com cerca de 120.000 dólares. E foi exatamente nesse ponto emocional que ela me pediu ajuda, e afinal, gravamos.

Como os filhos da Cristina, Roberto e Stefano, saíram do Brasil pequenos e foram criados entre a Itália e os Estados Unidos, não seria possível imitar o modo de falar desta família dentro de casa, pois era normal e corriqueiro entre eles, começar uma conversação em uma língua e terminar numa terceira língua.


Isso porque ela sempre pedia aos filhos que falassem português com a mãe e italiano com o pai, já que o inglês todos da família dominavam perfeitamente e, desta forma, os filhos exercitariam outros idiomas. Porém, isso gerava uma salada lingüística. Coisa normal na família Ferrara.


Outros membros da também se comunicam: Pai da Cris, falecido.

Ainda no dia 21 de novembro de 2008 foram realizadas gravações com o pai da Cris, que era brasileiro. Neste dia apareceu um novo nome nesta estória e Sonia escreveu para a Cris perguntando se ela conhecia algum Sergio. Assim foi o áudio gravado:


VOZ: -“Volto por Sergio!”

A Cris explicou:
Com esse áudio, tive uma constatação inequívoca de que foi o meu pai mesmo que estava ali falando, pois Sergio é meu irmão falecido (de câncer em 1998). E meu pai dizer que volta em nome do filho, significa que ambos estão em contato – o que me deixa feliz, pois meu mano faleceu pensando não ter sido o filho que deveria ter sido”. A Cris perguntou ao pai se ele tinha visto outros familiares e ele respondeu:


VOZ: –“Você devia dizer ... tio!”

E a Cris explica:
Imagino que ele se referisse ao tio Alexandre (que era irmão do meu pai) falecido quatro anos antes dele.

Cris Vem Ao Brasil:
Cristina, no laboratório de Sonia, em S.Paulo, para aprender a gravar.

Fascinada com os resultados até então obtidos, a Cris queria ela mesma gravar. Decidiu vir ao Brasil para aprender, o que ocorreu em 15 de maio de 2009. E aí novamente vieram seu filho Stefano, o marido Roberto e o irmão Sergio. Registramos os comentários dela, identificando peculiaridades da família que em sua intimidade falavam a mistura de 3 idiomas:


5. Sonia pergunta: -“Oi Stefano, tudo bem?”


Resposta na voz do Stefano: - “Amor, um bacci!!!”(notar sotaque americano no português).

Comentário: de novo misturou “amor” (português) com “bacci” (beijo, em italiano).


6. Voz: -"(Cose) eri para mi”

Cris comenta: é a voz de meu marido Roberto e tipicamente misturando italiano e português. E mais: termina como sempre fazia com a palavra "mim", que ele pronunciava "mi" (de italiano).




Voz: -"Pray for you".

Cris comenta: meu filho fala em inglês que “reza por mim”. Por certo devido à situação complicada que eu estava passando por causa do acidente no qual desencarnou, já que eu era a fiadora da sua moto.




7. Voz: -“Corri para voltar"


Sonia: -“Um abraço pra você, viu?”

Comentário: inequivocamente esse áudio tem a voz de meu irmão Sergio em português e notem que vem sem misturas, já que ele não falava outras línguas.




8. Voz: -"Sou teu amigo de flor"


Cris: -“Um beijo meu amorzinho, te amo!”

Cris relata, emocionada: essa menção de nossa união por meio de uma flor tem um significado muito profundo, porque eu plantei uma gardênia depois que ele partiu - diante da porta de vidro do quarto do Stefano, que se abre para o terraço. Cuido dela com carinho, pois dediquei a ele, e sempre penso nele e em meu marido quando olho ou cuido da gardênia, que tem crescido e dado muitas flores perfumadas. Quando plantei, dediquei a flor ao Stefano e ninguém sabia desse fato.




9. Voz: -"Ligou José contigo”

Explicação: trata-se de José, tio da namorada do Stefano.


10. Voz: -“Faz nada, Roberto!!!”

Voz do pai da Cris, provocando o genro Roberto, tal e qual fazia quando ambos eram vivos. Genro e sogro viviam se pegando de brincadeira, e aqui, o pai acusa o Roberto de não fazer nada.


11. Voz: -“Vixi! Enrolar!”

12. Cris: -“Beijo, meu amorzinho... te amo!”


Voz: -“Tem que ter internet!””

13. Voz: -“Io pretendo!”


Cris: -“Eu ouço bem...”


Sonia: -“Ta ouvindo uma voz de fundo?”

Sonia: -“Stefano, você está me ouvindo?”


14. Voz: -“Voice´s trial close!”(tradução: -“Tentativa de falar próximo”).


Depoimento Final Da Mãe:


Foi difícil fazer uma seleção dos áudios, pois muitos eram importantes para mim. Mas, a primeira coisa que me chamou atenção, e sem dúvida confirmou a presença de meus familiares falecidos, foi a mistura de línguas que era muito comum entre nós. Outra coisa, foi a nítida diferença de vozes entre meu filho Stefano, meu marido Roberto, e meu irmão Sergio, que me surpreendeu muito. Mais ainda porque responderam no tom e jeito próprios que usavam antes de partir. Meu marido ainda usou uma expressão “cosa era para mi” (Tradução: o que você foi para mim) com a mistura de italiano e português. Ele nunca dizia “para mim”, mas “para mi”.

Antes das gravações, um fato curioso:


O outro filho da Cristina (que é vivo, obviamente), o Roberto, tem mediunidade e é militar no Iraque. Ele ligou de lá para mãe, cerca de dois meses antes de fazermos tais gravações e quando ainda nem tínhamos pensado nisso, para contar que havia ocorrido com ele um fato inusitado.


O Stefano (então já falecido) apareceu para o irmão, no Iraque, durante uma patrulha noturna no meio do deserto e disse, muito feliz: “I will talk with mom very soon, and I will do it in English!” (Tradução: ”Em breve vou falar com a mamãe em inglês!)
Claro que naquele momento o irmão não entendeu e nem mesmo a Cris. Pouco depois, ele confirmava o prometido.

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